O MCIVN informa toda a população que já tem em sua posse o Relatório elaborado pelo Sr. Deputado Bernardino Soares, referente à Petição nº 369/X/2ª, visando a "Manutenção e a melhoria do Serviço de Urgências do Centro de Saúde de Vendas Novas", da qual o MCIVN e todos assinantes do abaixo-assinado são subscritores.




Neste Relatório, nos pontos V - Conclusões e VI - Parecer, que passamos a citar, refere os seguintes aspectos:

V – Conclusões


"1. A apresentação da presente Petição pelo MCIVN e pela população daquele concelho correspondeu a um sentimento justo de repúdio pela decisão do Governo de encerrar o Serviço de Atendimento Permanente de Vendas Novas, remetendo os doentes urgentes para o Hospital de Évora.

2. Este sentimento foi acentuado pelo facto de, depois de ter estado previsto no relatório intercalar da Comissão Técnica a instalação de um Serviço de Urgência Básica naquele concelho, o mesmo ter desaparecido no Relatório Final e na decisão do Governo.

3. Os subscritores desta Petição recorreram a este instrumento no sentido de procurarem junto da Assembleia da República uma intervenção no sentido de garantir o funcionamento do seu SAP durante as 24h.

4. A par desta iniciativa empreendeu a Câmara Municipal de Vendas Novas diligências judiciais no sentido de ver reconhecido legalmente o direito à assistência em saúde da população do seu concelho, tendo até agora logrado vencimento nas suas pretensões junto dos tribunais, o que levou à reabertura recente do SAP pelo Ministério da Saúde.

5. Face às caracteristicas do território, da população e aos aspectos socio-económicos do concelho, bem como à insuficiência das alternativas apresentadas, assume plena justificação a existência de um serviço de saúde em Vendas Novas que preste assistência aos doentes agudos e urgentes, com funcionamento permanente e necessariamente apetrechado com os recursos humanos e equipamento adequados a esta missão.

6. Recomenda-se assim ao Governo que mantenha em funcionamento um serviço de urgência no Centro de Saúde de Vendas Novas, implantando um Serviço de Urgência Básica com as condições necessárias para uma prestação de cuidados de saúde de qualidade."

VI – Parecer

A petição nº 369/X/2ª, sendo subscrita por mais de 4000 cidadãos deve, nos termos da Lei do Exercício do Direito de Petição, ser debatida em Plenário."

Por fim, referir que tal como o oficio enviado e que aqui mostramos, também este Relatório, onde se inclui as Conclusões acima apresentadas, foi subscrito pelo Sr. Deputado Bernardino Soares, como relator do mesmo, e pela Sra. Deputada Maria de Belém Roseira, como Presidente da Comissão de Saúde.

Mais uma vez fica provada a justeza da luta e das reivindicações da população do concelho de Vendas Novas!

Mais uma grande vitória da população do concelho de Vendas Novas!


O Tribunal Central Administrativo Sul negou provimento a um recurso interposto pelo Ministério da Saúde, que contestava a decisão judicial de manter em funcionamento o Serviço de Atendimento Permanente de Vendas Novas.

O caso remonta a 28 de Maio deste ano, quando o Ministério da Saúde fechou o SAP de Vendas Novas, no âmbito da requalificação e redistribuição geográfica dos serviços de urgência.No dia seguinte, a autarquia interpôs, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, uma providência cautelar contra a decisão do Ministério, que ainda não foi julgada.No entanto, o Tribunal de Beja emitiu uma decisão provisória que determinava a suspensão do novo modelo de funcionamento do centro de saúde e pela reabertura do SAP.O Ministério da Saúde deu cumprimento à decisão e recorreu para o Tribunal Central Administrativo Sul, que veio agora reiterar a decisão judicial de manter o SAP a funcionar 24 horas por dia, até ser julgada a providência cautelar.

Albúm Fotográfico da Luta da População





Recortes de Imprensa

RÁDIO RENASCENÇA (RR)
"São hoje retomados os protestos contra o encerramento das urgências no centro de Saúde de Vendas Novas (Évora), com a realização de um desfile a pé pela cidade. A iniciativa, cujo início está marcado para as 16h30, é organizada pelo Movimento de Cidadãos Independentes pela Defesa das Urgências no Centro de Saúde de Vendas Novas (MCIVN).O desfile arranca no centro de Saúde, com os participantes a percorrer a estrada que atravessa a cidade até à zona da Boavista, regressando depois ao ponto de partida. "A população está motivada e unida em defesa desta causa, que é a manutenção do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do centro de Saúde. Estamos a tratar de questões de Saúde e estas não têm preço, nem podem ser utilizadas para se fazer experiências", explicou Anabela Vagarinho, do MCIVN. Este novo protesto em Vendas Novas surge depois de responsáveis autárquicos e do movimento de cidadãos terem reunido, na semana passada, com a presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Rosa Matos. Na altura, o presidente do município, José Figueira, afiançou ter recebido a informação da ARS Alentejo de que o SAP "vai fechar" e de que "não vai ser instalado qualquer Serviço de Urgência Básico (SUB) em Vendas Novas". Lembrando que o centro de Saúde local serve "cerca de 20 mil utentes", incluindo os de freguesias de municípios limítrofes, e que o concelho fica a "52 quilómetros de Évora ou de Setúbal [onde existem hospitais]", a mesma porta-voz do MCIVN argumentou que "Vendas Novas não pode ficar desprotegida". "

RÁDIO E TELEVISÃO DE PORTUGAL (RTP)
"Fecho das urgências em Vendas Novas leva a manifestações em Évora
Cerca de 400 pessoas de Vendas Novas manifestaram-se, em Évora, contra o encerramento das urgências locais, com a entrega de uma petição nos serviços regionais de saúde e no Governo Civil do distrito. Empunhando bandeiras negras e gritando palavras de ordem, os manifestantes insurgiram-se contra o fecho do serviço de urgências no centro de saúde de Vendas Novas, durante as concentrações realizadas junto à Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo e Governo civil de Évora. "A luta vai continuar, as urgências não vão fechar", "a saúde é um direito, sem ela nada feito" e "senhor ministro, qual é a sua, Vendas Novas está na rua" foram algumas das frases entoadas pelos manifestantes. Enquanto decorria o protesto em frente ao edifício da ARS, uma delegação do Movimento de Cidadãos Independentes pela Defesa das Urgências no Centro de Saúde de Vendas Novas (MCIVN) entregou à responsável dos serviços, Rosa Matos, uma petição com mais de 8.200 assinaturas contra o encerramento das urgências. "Preocupa-nos imenso o fecho, porque não estão asseguradas nenhumas alternativas que respondam a um serviço de urgências num período de 24 horas por dia", afirmou Anabela Vagarinho, porta-voz do MCIVN, no final da reunião com a presidente da ARS do Alentejo. Contestando o encerramento das urgências, "brevemente", Anabela Vagarinho afirmou-se preocupada por a população de Vendas Novas (distrito de Évora) ficar "desprotegida" em termos de emergência. "Estamos a 52 quilómetros de Évora e de Setúbal e não estão criadas nenhumas alternativas", sustentou. Tanto na ARS do Alentejo, como no Governo Civil de Évora, a delegação do MCIVN entregou cópias da petição já entregue na Assembleia da República, o que vai obrigar a uma discussão do assunto em plenário. O novo protesto surgiu depois de responsáveis autárquicos e do movimento de cidadãos terem reunido, na semana passada, com a presidente da ARS do Alentejo. Na altura, o presidente do município, José Figueira (CDU), afiançou à Lusa ter recebido a informação da ARS do Alentejo de que as urgências "vão fechar" e de que "não vai ser instalado qualquer Serviço de Urgência Básico (SUB) em Vendas Novas". O autarca argumentou que esse cenário "confirma que não há qualquer recuo do Governo quanto às urgências no concelho e que as reivindicações da população não foram atendidas". Em causa está o relatório final da comissão técnica para a requalificação e redistribuição geográfica da rede nacional de urgências, apresentado a 01 de Fevereiro, onde foi sugerido o fecho do SAP de Vendas Novas. De acordo com o mesmo relatório, o centro de Saúde local também não será contemplado com a criação de um SUB, depois de uma proposta inicial da comissão técnica que apontava em sentido contrário. Nos últimos meses, a população de Vendas Novas realizou duas vigílias, uma marcha lenta e o abaixo-assinado, assim como, na passada terça-feira, um desfile a pé pelas ruas da cidade. Os responsáveis do movimento alegam que o centro de Saúde de Vendas Novas serve "cerca de 20 mil utentes", incluindo os de freguesias de municípios limítrofes, e que o concelho fica a "52 quilómetros de Évora ou de Setúbal [onde existem hospitais]"."

DIÁRIO DIGITAL
O Movimento de Cidadãos Independentes em Defesa das Urgências de Vendas Novas (MCIVN) afirmou-se satisfeito com a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), considerando que «valeu a pena a luta» da população do Concelho.
«A população de Vendas Novas, com excepção daqueles que faleceram, devido à arrogância do governo, está de parabéns», disse à agência Lusa o porta-voz do movimento, António Leitão.
Congratulando-se com a reabertura do serviço de urgências, 24 horas por dia, António Leitão reconheceu que «vale a pena lutar». O MCIVN promoveu nas últimas semanas várias acções de protesto contra o fecho das urgências na cidade, incluindo desfiles e vigílias. O ministro da Saúde ordenou hoje a reabertura, a partir de sexta-feira, do serviço nocturno no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Vendas Novas, em cumprimento de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja. Fonte do gabinete do ministro adiantou à agência Lusa que António Correia de Campos recebeu cerca das 19:15 de hoje a decisão do Supremo Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, que determina a imediata reabertura do funcionamento nocturno no SAP de Vendas Novas. A decisão daquele tribunal surge na sequência de uma providência cautelar interposta pelo Município de Vendas Novas, após o encerramento daquele serviço. Após receber a decisão, Correia de Campos emitiu um despacho, a que a Lusa teve acesso, a determinar dar-se cumprimento à sentença «a partir de sexta-feira, dado que hoje é manifestamente impossível». «O Centro de Saúde encerra, como anteriormente, a actividade à hora regular e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo providenciará para reabrir o SAP nas exactas condições em que funcionava até à sua descontinuidade«, determina o ministro, no despacho. Correia de Campos acrescenta que »deve ser imediatamente preparado recurso desta sentença«, existindo agora um prazo legal de 15 dias para o efeito. Numa reacção à decisão, o Ministério da Saúde, através da assessora de imprensa do ministro, Helena Marteleira, sublinha que »cumpre a lei e as decisões dos tribunais«. Em causa está o Serviço de Atendimento Permanente (SAP), responsável pelas urgências durante 24 horas/dia no Centro de Saúde de Vendas Novas, que fechou as portas a 28 de Maio, no âmbito da requalificação e redistribuição geografia dos serviços. O Município de Vendas Novas, liderado pela CDU, queixou-se esta semana ao Presidente da República, Cavaco Silva, da »recusa« do Governo em cumprir as decisões do tribunal e reabrir as urgências do Centro de Saúde, na sequência de uma providência cautelar interposta pela autarquia. O presidente do Município, José Figueira (CDU), enviou na quarta-feira um fax ao Chefe de Estado e aos restantes órgãos de soberania, em que também relatava a morte, terça-feira, de uma mulher, de 51 anos, »vítima de uma paragem cardio-respiratória«. A mulher, residente próximo do Centro de Saúde de Vendas Novas, morreu a caminho do Hospital de Évora, a cerca de 50 quilómetros de distância, apesar das tentativas de reanimação feitas pelos bombeiros. Num comunicado, o Município atribuiu ao Governo a responsabilidade política pela morte da mulher, devido »à ausência de assistência médica necessária e em tempo útil«, na sequência do fecho das urgências da cidade. O Serviço de Atendimento Permanente (SAP), responsável pelas urgências durante 24 horas/dia no Centro de Saúde de Vendas Novas, fechou as portas a 28 de Maio, no âmbito da requalificação e redistribuição geografia dos serviços. No dia seguinte, a autarquia interpôs, junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, uma providência cautelar contra a decisão do Governo. A 05 de Junho, o tribunal de Beja decidiu suspender o novo modelo de funcionamento do Centro de Saúde, que levou ao fecho das urgências. A suspensão da eficácia do novo modelo de funcionamento do Centro de Saúde, segundo José Figueira, obrigava »à reinstalação das urgências e ao seu funcionamento 24 horas por dia«. As urgências continuaram encerradas e o autarca local admitiu recorrer de novo aos tribunais para »obrigar« o Ministério da Saúde a reabrir os serviços. «O Ministério da Saúde está em clara desobediência com a decisão do tribunal», afirmou José Figueira. Na opinião do autarca, a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja obrigava «à reabertura das urgências, independentemente da determinação final dos tribunais». Com o fecho do SAP, o Centro de Saúde funcionava apenas entre as 08:00 e as 22:00, abrangendo as consultas médicas, programadas ou marcadas no próprio dia."